Anatomia
A patela é o osso que fica na região anterior do joelho, também conhecida como rótula. Em alguns indivíduos ela pode eventualmente vir a sair do lugar. Para isso ocorrer o sujeito deve apresentar um conjunto de alterações anatômicas de base que (estigmas). Essas alterações são diversas e incluem por exemplo frouxidão ligamentar, joelhos valgos (“para dentro”), patela alta, alterações na rotação do quadril, dentre outras. Além disso é muito comum vermos que a região onde a patela deveria se encaixar no fêmur, chamada tróclea, não apresenta a conformação habitual, sendo muito “rasa” (displásica) o que limita muito a congruência articular.
Outro fator relevante é o local onde o tendão patelar se insere. Em algumas pessoas essa inserção é excessivamente lateral de maneira que a resultante quando o quadríceps contrai tem um forte componente lateral que em última instância, associada aos demais fatores, pode levar a patela a luxar (sair do lugar).
Há diversos tipos de luxação patelar e, há que se diga, nem todos os casos são cirúrgicos! Primeiramente podemos dividir em luxações traumáticas e atraumáticas de acordo com o movimento ou fator que levou a patela a sair do lugar. As luxações atraumaticas tendem a recorrer mais (recidivar) e a terem mais fatores predisponentes (estigmas). As luxações traumáticas contudo, tendem a ter mais lesões de cartilagem, o que interfere diretamente no tratamento (link para lesões de cartilagem no site). A estrutura não óssea mais relevante para manter a patela em seu sítio é um ligamento que une a patela ao fêmur, chamado Ligamento Patelo Femoral Medial, que normalmente rompe para que ela possa se deslocar lateralmente.
Este ligamento pode vir a cicatrizar ou não após a primeira luxação, o que, adicionado aos fatores supramencionados, interfere na possibilidade de ocorrerem novos episódios.