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Prótese

A osteoartrose do joelho caracteriza-se por um processo degenerativo da cartilagem articular e do osso subcondral, com a presença de processo inflamatório, dor, rigidez e fraqueza muscular, sendo uma das principais causas de dor, incapacidade funcional e perda da qualidade de vida (QV) do idoso (LABORDE &POWERS, 1986; DOWNE-WAMBOLDT, 1991;DICKSTEIN et al., 1998; HECK et al., 1998; BACHMEIER et al., 2001; HARTLEYet al., 2002).

No entanto, na falha do tratamento conservador, é possível amenizar essa situação com a substituição da articulação acometida. A artroplastia total do joelho (ATJ) pode ser utilizada no tratamento de pacientes idosos com estágios avançados da doença articular degenerativa (ETHGEN, BUYERE & RICH, 2004), com o objetivo de reduzir a dor, otimizar a função e propiciar qualidade de vida (QV) para essa população.

A artroplastia total de joelho (ATJ) é tratamento seguro e efetivo para restauração da função e alívio da dor nos pacientes portadores de osteoartrite dessa articulação. O envelhecimento da população associada à recente inversão da pirâmide etária neste país, além do incremento do nível de atividade e demanda articular em pacientes de faixa etária superior, alimentam uma tendência de aumento do número de pacientes com essa patologia gerando maior demanda pela artroplastia total do joelho. Neste contexto, o número de ATJs realizadas no mundo tem crescido a uma taxa de 6% ao ano, independentemente dos fatores socioeconômicos pontuais. 

Estudos primordiais que consideraram a terapêutica cirúrgica para o tratamento de alterações degenerativas do joelho remontam do Século XIX, quando a interposição articular de tecidos foi sugerida por Verneuil. Contudo, apenas após os anos 50 do século passado, quando as artroplastias de substituição foram concebidas, passou-se a obter resultados satisfatórios com o tratamento operatório.

Gunston et al.  desenharam o primeiro modelo de prótese policêntrica. Freeman et al. construiu o modelo que excluía ambos os cruzados, postulando os seguintes conceitos, que até hoje são seguidos e cuja menção é válida: i. a prótese deve oferecer condições para procedimentos de salvação; ii. os cortes ósseos devem ser mínimos; iii. as possiblidades de solturas devem ser evitadas; iv. a produção de fragmentos por desgaste deve ser mínima; v. deve-se evitar “espaço morto”, a fim de evitar infecção; vi. evitar dispositivos, hastes e cimentos intramedulares; vii. deve-se permitir certo grau de liberdade de rotação; viii. Deve-se permitir movimento de, no mínimo 0-90 graus; ix. movimentos excessivos devem ser restringidos pelos ligamentos colaterais.

Atualmente, os modelos de prótese preveem a substituição bicondilar, podendo ou não haver a preservação dos ligamentos cruzados. Pode-se ainda substituir a patela ou optar apenas por pateloplastia, sem instalação desse componente.

O sucesso na artroplastia do joelho é influenciado por fatores relacionados ao paciente, ao tipo de implante e à técnica cirúrgica, além de causas externas (quadro 1). No que se refere ao procedimento, o adequado posicionamento dos componentes e o consequente bom alinhamento do membro são importantes fatores prognósticos.

O posicionamento incorreto pode afetar a função do implante, aumentar o desgaste do material e causar soltura da prótese. Estudos demonstram que o alinhamento dos componentes dentro de 3 graus em relação ao eixo mecânico normal diminui os riscos de desgaste irregular e soltura precoce.

O desenvolvimento dos instrumentais com guias intramedulares e extramedulares aumentou a acurácia no alinhamento dos implantes, mas erros de alinhamento não deixaram de acontecer. Erro de alinhamento do componente tibial em mais de 3 graus com uso de guia extramedular foi descrito em 21,3% dos casos em uma série. 

A despeito das altas taxas de sucesso da artroplastia do joelho, é notório que de 15% a 20% dos pacientes apresentam algum tipo de falha. As complicações não apenas são diversas, e de difícil identificação, como também variam em espectro de simples a desastrosas. Mesmo em um ambiente de forte suspeição e investigação criteriosa, em um quinto dos pacientes não se justifica a causa da dor por qualquer erro técnico ou complicação. (9)Nestes, dor é a principal queixa e a estratificação de risco de dor crônica pós artroplastia no período perioperatório constitui ferramenta para a planificação de medidas preventivas.

Althaus et al. descreveram um índice que contém cinco principais preditores para dor crônica após a artroplastia: dor pré-operatória na área a ser operada, presença de dor crônica em outro local do corpo, dor aguda no pós-operatório, capacidade de resistência e presença de comorbidades (estresse, ansiedade, catastrofização).

Tendo em vista o acima exposto, deve-se procurar ativamente cada uma das causas de dor inerentes à artroplastia, já que muitas podem ser tratadas com segurança e boa margem de eficácia. Anteriormente ao detalhamento dessas complicações, cabe, para efeitos didáticos, uma breve descrição da técnica cirúrgica da ATJ objetivando que o leitor possa compreender a origem de cada uma das falhas.

Referências

1. Luzo MV, Ambra LF, Debieux P, Franciozi CE, Costi RR, Petrilli Mde T, Kubota MS, Albertoni LJ, de Queiroz AA, Ferreira FP, Granata Júnior GS, Carneiro Filho M. Total knee arthroplasty with computer-assisted navigation: an analysis of 200 cases. Rev Bras Ortop. 2014 Mar 18;49(2):149-53. doi: 10.1016/j.rboe.2014.03.001.

2. Leskinen J, Eskelinen A, Huhtala H, Paavolainen P, Remes V. The incidence of knee arthroplasty for primary osteoarthritis grows rapidly among baby boomers: a population-based study in Finland. Arthritis Rheum 2012 64:423–428.

3. Kurtz SM, Ong KL, Lau E, Bozic KJ. Impact of the economic downturn on total joint replacement demand in the United States: updated projections to 2021. J Bone Joint Surg [Am] 2014;96-A:624–630.

4. Verneuil, A. De la creation d’une fausse articulation par section ou resection partielle de l’os maxillaire inferior, comme moyen de remedier a l’ankilosis vraie ou fausse de la machoire inferieure. Arch. Gen. Med., v.15 ser 5, p174-1860.

5. Gunston, FH. Polycentric kneearthroplasty: prothetic simulation of normal knee movement.J. Bone Joint Surgery., v.53,p.172-7,1971

6. Freeman, MAR.,Swanson SAV,Todd, R. Total replacement of the knee using the freman-swanson knee prosthesis. Clin. Orthop., V.94, p.153-170, 1973

7. Jeffery RS, Morris RW, Denham RA. Coronal alignment after total knee replacement. J Bone Joint Surg Br. 1991;73(5):709–14.

8. Chiu KY, Yau WP, Ng TP, Tang WM. The accuracy of extramedullary guides for tibial component placement in total knee arthroplasty. International Orthopaedics (SICO). 2007;32(4):467–71.

9. Wylde V, Bruce J, Beswick A, Elvers K, Gooberman-Hill R. Assessment of chronic postsurgical pain after knee replacement: a systematic review. Arthritis Care Res (Hoboken) 2013;65:1795–1803.

10. Noiseux NO, Callaghan JJ, Clark CR, et al. Preoperative predictors of pain fol- lowing total knee arthroplasty. J Arthroplasty 2014;29:1383–1387.

11. Lewis GN, Rice DA, McNair PJ, Kluger M. Predictors of persistent pain after total knee arthroplasty: a systematic review and meta-analysis. Br J Anaesth 2015;114:551–561.

12. Althaus A, Hinrichs-Rocker A, Chapman R, et al. Development of a risk index for the prediction of chronic post-surgical pain. Eur J Pain 2012;16:901–910.

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