Tipos de Tratamento não Cirurúrgico
1. Reabilitação
O tratamento da artrose é inicialmente conservador na imensa maioria dos casos. Deve ser conduzido de maneira multimodal e multidisciplinar. A fisioterapia e reabilitação são os carros chefes do tratamento e devem ser realizadas todo o tempo com um bom fisioterapeuta (da confiança do médico e do paciente), a despeito das demais medidas. É um processo longo, árduo, porém que acarreta excelentes resultados para artroses leves e moderadas, algo amplamente embasado em literatura médica. Adjuvantemente a isso, adiciona-se o uso de medicamentos analgésicos, antiinflamatórios, condroprotetores e, eventualmente, colágenos. Cada um deles tem suas indicações e implicações no tratamento, tendo resultados variáveis, tão melhores quanto mais bem indicados.
2. Infiltração
Outra modalidade efetiva é a infiltração intra-articular.O objetivo das infiltrações é melhora dos sintomas, não havendo qualquer indício que modifique a história natural ou progressão da doença. Com a melhora da dor, muitas vezes o paciente passa a desempenhar mais adequadamente as atividades propostas pelo fisioterapeuta, levando a benefício sustentado.
Existem várias opções de infiltração que podem ser realizadas com algum dos diversos tipos de Ácido Hialurônico e/ou corticosteróides. A influência do corticóide na junta é de uma melhora substancial de maneira aguda porém mais efêmera. Os efeitos do ácido hialurônico são complementares à estes, portanto, melhora mais tardia (após 4 a 6 semanas) a qual se sustenta por não mais que 6 meses. A melhor indicação é em caso de artrose leve a moderada, com dor incapacitante ou sem melhora com as medidas farmacológicas e fisioterápicas.
3. Denervação, Neurólise ou Neurotomia
Finalmente, nos casos onde a dor já se sustenta por muito tempo (dor crônica), mesmo as medidas mais efetivas podem falhar. Nestes casos entram em cena modalidades terapêuticas mais novas e efetivas especificamente no combate à dor em detrimento da patologia em si. Cita-se aqui a Denervação Periférica que consiste em bloquear os nervos sensitivos em torno da articulação o que promove uma melhora abrupta da dor, sem causar qualquer tipo de déficit motor ou sensitivo. Mais uma vez, este procedimento não impacta na história natural da doença. É realizado, em geral, em ambiente de centro cirúrgico pois deve ser guiado por raio-x ou ultrassom, e faz sentido sedar ou anestesiar localmente o paciente para que ele não tenha dor durante o procedimento. É rápido (em torno de 15 minutos) e não envolve incisões (cortes). Tecnicamente, encontra-se as regiões dos nervos com os métodos de imagem, colocando-se, então, uma agulha sobre eles. A partir daí, quando apenas um bloqueio é desejado, injeta-se anestésico local. Se a denervação é o objetivo, pode-se usar essa agulha para fazer uma ablação do nervo, térmica (esquentando a agulha) ou química. A literatura tem mostrado resultados extremamente animadores em termos de melhora de dor, qualidade de vida e redução da quantidade de medicamentos necessária, para este procedimento nos joelhos (especialmente), quadris e tornozelos, além da coluna onde já é considerada uma técnica clássica.
Em última instância, quando estas medidas não são efetivas, quando o paciente artrósico apresenta limitação de qualidade de vida e para atividades de vida diária, partimos para as modalidades cirúrgicas de tratamento. Nestas, incluem-se as artroscopias, osteotomias (tibial e femoral) e artroplastias (próteses) – Unicompartimentais ou Totais. (vide link protese).
